Com o advento do automóvel no início de 1900, os problemas relacionados ao trânsito começaram a entrar na pauta das autoridades da época. As primeiras regulamentações surgiram em São Paulo e foram marcadas pela discussão entre Henrique Santos Dumont e o o prefeito de São Paulo, Antonio Prado, que havia instituído regras e taxas para os veículos da época. Santos Dumont não concordava com a taxação alegando o mau estado das ruas de São Paulo.Com as novas resoluções da época foi instituído o emplacamento dos veículos e a placa “P1” foi parar no veículo de Francisco Matarazzo. As placas deviam ser afixadas na parte traseira dos veículos. Em 1903 São Paulo dispunha de 6 automóveis e no ano seguinte a frota já atingia 83 veículos. Foram publicadas regulamentações para o controle da velocidade e, em 1904, foi instituída a carteira de habilitação que formou os senhores Manuel Borges (Panhard & Levassor); Ernani Borges (Decauville); Francisco Leite de Bettencourt Sampaio Jr. (Darracq); Carlos Inglez de Souza (Darracq) e José de Almeida como os primeiros motoristas devidamente registrados e habilitados.
Com a intervenção paulista na criação de regras de trânsito, outros estados brasileiros também aderiram à sistemática de registros e controle da frota e motoristas, prevendo o crescimento da utilização dos automóveis. Acredita-se que o primeiro acidente automobilístico que se tem notícia ocorreu no Rio de Janeiro e envolveu o poeta Olavo Bilac, dirigindo um veículo de seu amigo, José do Patrocínio.
Fonte: Mundo Trânsito